Estava pensando em algum passeio que gostaria de fazer em minhas pequenas férias. Algum lugar de fácil acesso, que combine beleza natural, aventura e novidades.
Em minha procura na internet encontrei o lugar ideal: Brotas. Estive lá há 7 anos e com certeza as coisas melhoraram muito de lá para cá.
Entre um blog e outro, entre pesquisas em sites, achei o depoimento da jornalista Verônica Fraidenraich no site da Revista Viagem.
Então, decidi! Vou para Brotas! Leia o depoimento dela e aventure-se também!

"Rema, frente. Parou. Direita, ré. Direita, ré. Frente. Parou. Frente, frente, frente. Piso!" Éramos seis dentro de um bote e nos aproximávamos de uma corredeira quando encalhamos numa pedra. Tínhamos pouco tempo pra desencalhar e deixar o bote na posição correta para a queda - ou alguém poderia voar barco afora. Uma vez posicionados, a ordem era se acocorar no chão ("piso") da embarcação e erguer o remo. Aí era deixar a água nos levar. Tudo isso acontecia em questões de segundos enquanto descíamos o Rio Jacaré-Pepira, o principal de Brotas, a 250 quilômetros de São Paulo.
Para praticar rafting, é útil ter um pouco de coordenação motora e saber interpretar os comandos do "capitão". Muita gente se confunde ao ouvir expressões como "direita ré", quando quem está no lado direito deve remar para trás - e quem está no lado esquerdo, para a frente. Mesmo assim, ter de remar, concentrar-se nas instruções, descer as corredeiras, esquivar-se dos galhos suspensos e tomar banho de rio é uma delícia. Não deve ser à toa que o rafting é o produto mais vendido pelas agências de ecoturismo de Brotas - desde os anos 1990, a capital informal da aventura do estado. A cidade é também o segundo melhor destino de ecoturismo desta edição do Prêmio VT - só perde para o eterno campeão Bonito (MS). Fazer rafting ali custa em média 75 reais. Vale até para quem não sabe nadar, já que é obrigatório o uso do colete salva-vidas. Mas há muitas outras atividades que podem ser praticadas lá: arvorismo, canyoning, tirolesa, rapel, boia-cross, canoagem, cavalgada, pesca, quadriciclo, ultraleve. A novidade mais recente é uma trilha de bugue.
Atrás das atrações de aventura chegam a Brotas 120 mil turistas por ano. Sete em cada dez visitantes vêm da capital, se deslocando por algumas das melhores estradas do estado, como a Bandeirantes e a Washington Luís (e, por isso, prepare o bolso: o gasto com os pedágios de ida e volta desde São Paulo bate em inacreditáveis 65 reais).
Brotas começou a revelar sua vocação para o ecoturismo de maneira meio torta, em 1993. Na época, o governo municipal havia dado sinal verde para a instalação de um curtume próximo ao Jacaré-Pepira, mas o projeto foi abortado graças à resistência de ambientalistas e da população. Depois disso, a cidade começou a profissionalizar o que era a diversão dos locais e foi se firmando como destino de aventura, mesmo com o agronegócio fechando o cerco: ali se plantam cana, laranja e eucalipto.
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