quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Momentos de aventura em Brotas

Estava pensando em algum passeio que gostaria de fazer em minhas pequenas férias. Algum lugar de fácil acesso, que combine beleza natural, aventura e novidades.

Em minha procura na internet encontrei o lugar ideal: Brotas. Estive lá há 7 anos e com certeza as coisas melhoraram muito de lá para cá.

Entre um blog e outro, entre pesquisas em sites, achei o depoimento da jornalista Verônica Fraidenraich no site da Revista Viagem.

Então, decidi! Vou para Brotas! Leia o depoimento dela e aventure-se também!


"Rema, frente. Parou. Direita, ré. Direita, ré. Frente. Parou. Frente, frente, frente. Piso!" Éramos seis dentro de um bote e nos aproximávamos de uma corredeira quando encalhamos numa pedra. Tínhamos pouco tempo pra desencalhar e deixar o bote na posição correta para a queda - ou alguém poderia voar barco afora. Uma vez posicionados, a ordem era se acocorar no chão ("piso") da embarcação e erguer o remo. Aí era deixar a água nos levar. Tudo isso acontecia em questões de segundos enquanto descíamos o Rio Jacaré-Pepira, o principal de Brotas, a 250 quilômetros de São Paulo.

Para praticar rafting, é útil ter um pouco de coordenação motora e saber interpretar os comandos do "capitão". Muita gente se confunde ao ouvir expressões como "direita ré", quando quem está no lado direito deve remar para trás - e quem está no lado esquerdo, para a frente. Mesmo assim, ter de remar, concentrar-se nas instruções, descer as corredeiras, esquivar-se dos galhos suspensos e tomar banho de rio é uma delícia. Não deve ser à toa que o rafting é o produto mais vendido pelas agências de ecoturismo de Brotas - desde os anos 1990, a capital informal da aventura do estado. A cidade é também o segundo melhor destino de ecoturismo desta edição do Prêmio VT - só perde para o eterno campeão Bonito (MS). Fazer rafting ali custa em média 75 reais. Vale até para quem não sabe nadar, já que é obrigatório o uso do colete salva-vidas. Mas há muitas outras atividades que podem ser praticadas lá: arvorismo, canyoning, tirolesa, rapel, boia-cross, canoagem, cavalgada, pesca, quadriciclo, ultraleve. A novidade mais recente é uma trilha de bugue.

Atrás das atrações de aventura chegam a Brotas 120 mil turistas por ano. Sete em cada dez visitantes vêm da capital, se deslocando por algumas das melhores estradas do estado, como a Bandeirantes e a Washington Luís (e, por isso, prepare o bolso: o gasto com os pedágios de ida e volta desde São Paulo bate em inacreditáveis 65 reais).

Brotas começou a revelar sua vocação para o ecoturismo de maneira meio torta, em 1993. Na época, o governo municipal havia dado sinal verde para a instalação de um curtume próximo ao Jacaré-Pepira, mas o projeto foi abortado graças à resistência de ambientalistas e da população. Depois disso, a cidade começou a profissionalizar o que era a diversão dos locais e foi se firmando como destino de aventura, mesmo com o agronegócio fechando o cerco: ali se plantam cana, laranja e eucalipto.

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