segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Uma viagem diferente: Túnel do Tempo!

Durante uma das reuniões de família que acontecem no fim de ano, fui até a casa da minha sogra e me sentei ao lado da avó do meu marido.

Ela é uma senhora humilde, mas muito sábia. Costuma falar frases de efeito de autoria própria e conta coisas do passado como se tivessem acontecido ontem.

Entre um assunto e outro, ela começou a falar como a cidade de Piracicaba mudou ao longo dos anos.

Hoje vemos prédios grandes, avenidas enormes, carros para todos os lados.

Dona Teresinha ia trabalhar na fábrica de seda de bondinho, morava em uma casa de 4 cômodos com o marido, dois filhos, além da sogra, do sogro e de dois cunhados solteiros.

Quando moça, ela ia à missa no centro da cidade e depois caminhava com as amigas até o baile do outro lado de Piracicaba. ``Tudo era mais perto. A gente queria dançar, então andávamos muito até chegar ao baile. Chegávamos lá, dançávamos muito e depois retornávamos a pé novamente. Chegava em casa de madrugada e no dia seguinte acordava às 5h da manhã para ir trabalhar``, conta Dona Teresinha.

É difícil imaginar Piracicaba como ela nos conta.

Atualmente a cidade está em sétimo lugar em vendas exteriores no Estado de São Paulo e em 33° lugar, no Brasil, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Vale lembrar que o Estado conta com 645 municípios e o País, com mais de 5,5 mil cidades.

Mas na época de Dona Teresinha, as pessoas trabalhavam na empresa Dedini ou no engenho Central.

A Dedini ainda existe, mas é um entre tantas empresas que compõe os diversos centros industriais de Piracicaba.

Já o Engenho Central, hoje serve como um centro cultural, onde acontecem feiras e eventos da cidade. O atual projeto para o Engenho é um teatro sofisticado com restaurante e área verde preservada e protegida!

``Naquela época ninguém pensava em segurança. Ela existia e pronto! A gente era tudo pobre... todo mundo! Então, ninguém queria roubar ninguém. Era seguro andar em qualquer lugar em Piracicaba. A gente era pobre e sofria o que o diabo não quis, mas era muito feliz!``, termina Dona Teresinha, se levanta, vai embora e me deixa com meus pensamentos.

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