Em reportagem produzida por Julia Gouveia para a Revista Viagem e Turismo da editora Abril na edição de novembro deste ano, li que o barateamento das passagens de avião tem feito os brasileiros deixarem o ônibus de lado nos últimos tempos.
Julia levanta os seguintes dados: no primeiro semestre de 2010 houve 30% mais passageiros do que no mesmo período de 2009. Com certeza este aumento está relacionado às vendas online e as promoções relâmpago, que chamam cada vez mais a atenção dos consumidores.
Eu me lembro bem que anos atrás preferia o ônibus para visitar uma amiga que vive no Mato Grosso do Sul. Hoje, não penso duas vezes e reservo as minhas passagens com certa antecedência! Já consegui promoções incríveis que valeram pelo preço e pelo mínimo esforço.
A famosa frase "o céu é o limite!" antigamente só era usada pelas pessoas com grande poder aquisitivo. Hoje, para alcançar os céus, as exigências financeiras são menores. Preços atraentes e facilidade de pagamento.
E as companhias nacionais querem, cada vez mais, aumentar a malha aérea. O objetivo? Atingir ainda mais os consumidores da classe C. Em 2009, este público representou 6% dos clientes da TAM, e para 2012 a expectativa é que chegue aos 17%.
Mas fica a questão: haverá aviões para todos?
Segundo a reportagem, há um entrave à expansão, que são os aeroportos com capacidade estrangulada no Brasil. De acordo com Gianfranco Beting, diretor de marketing da Azul, o modelo de crescimento da empresa evita aeroportos congestionados, “mas em questão de anos a falta de vigorosos investimentos na infraestrutura irá impedir o crescimento não só da Azul, como de todas as congêneres”, explica Beting.
Líbano Barroso, da TAM ainda completa: “se nada for feito em São Paulo, chegaremos ao limite das operações em dois anos”. Uma situação arriscada para as empresas de aviação e para aqueles que desejam decolar e chegar mais rápido pelos céus.
O jeito será aguardar e ver o que vai acontecer aqui da terra nos próximos anos...
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